quarta-feira, fevereiro 14, 2007



Coração - Símbolo do Amor



Hoje o jornal público no seu novo caderno P2 apresenta-nos a história deste símbolo que foi sendo estilizado, desde o Egipto dos faraós, à origem em que se baseia a Igreja Católica, à sua popularidade na Idade Média, apresentando vários exemplos desde papiros, moedas, visões, iluminuras e até um cálice de vidro francês de meados do século XVI.


Seleccionei uma das "versões" por me ter interessado particularmente e por me parecer uma explicação razoável e possível do Coração como Símbolo do Amor.


De acordo com uma teoria em voga entre os numismatas (especialistas de moedas), no séc. VII a.C. existia no Mediterrâneo uma cidade-estado grega chamada Cirena ( naquilo que é hoje a Líbia), cuja riqueza era uma erva medicinal, uma espécie de feto gigante chamdo sílfio. Uma das razões da popularidade - e do elevado preço - desta planta eram as suas propriedades contraceptivas.


John Tatman, autor do artigo "Sílfio: um medicamento milagre?", explica que o sílfio era uma planta rara, que crescia apenas numa estreita área costeira perto da cidade, e que era tão popular que está hoje extinto: terá desaparecido no séc.I da nossa era. O sílfio era tão importante para a cidade que as moedas de Cirena tinham uma planta ou uma semente de sílfio gravadas numa face. E a forma da semente era um Coração.



Segundo esta teoria, portanto, o Coração enquanto Símbolo do Amor terá estado associado, inicialmente ao comércio carnal, ao sexo sem compromissos, e só muito mais tarde passou a simbolizar também o Amor sentimental e religioso.
Adaptação de um texto de Ana Gerschenfeld editada no P2 do jornal Público de 14/02/2007
Imagem retirada também do mesmo jornal.



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